Mulheres Indígenas
Sônia Guajajara
Dia Internacional da Mulher Indígena, criado em 1983, para guardar na memória coletiva uma situação de enfrentamento, uma situação de luta, de luta pela sobrevivência.
O nome da mulher indígena, guerreira, que inspirou a efeméride, é o da Indígena Aimará Bartolina Sisa, que, juntamente com seu marido, Túpac Katari, da mesma etnia, comandou uma rebelião contra os conquistadores e dominadores espanhóis, no Alto Peru, região atual da Bolívia, em 1781.
O Dia Internacional da Mulher Indígena, todavia, é uma data para nos lembrar que o racismo tem impedido o movimento de mulheres de apreender e de compreender o legado ancestral de sabedoria dos povos e das mulheres indígenas, assim como dos povos e mulheres negras.
A multiplicidade dos povos e das mulheres deve ser fator de multiplicação e união, não de divisão e subtração.
Devemos a povos indígenas contemporâneos, no Equador, a introdução do conceito de “bem viver” como uma categoria política de abrangência global, universal.
Para nós, brasileiras, o “bem viver” poderia ser lido como uma espécie de antítese das formas de violência que a Lei Maria da Penha nos ensinou a enxergar. “Bem viver”, numa tradução pela mulher brasileira, seria viver sem violência física, sem violência sexual, sem violência psicológica, sem violência moral, sem violência patrimonial.
O desejo da Procuradoria da Mulher do Senado é que nossas lutas se fecundem mutuamente, na construção de um movimento de mulheres cada vez mais plural e melhor.
A violência doméstica também está presente no cotidiano das indígenas. Porém, por não terem participado do processo de elaboração da Lei Maria da Penha, a legislação não contempla as especificidades indígenas, como alerta em entrevista Léia Bezerra, historiadora e indígena do Povo Wapichana.
Neste dia nós da Ong feminista, GAMP - Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas, queremos render homenagens às mulheres indígenas. Mulheres guerreiras de povos diversos e de contextos plurais. Mulher que desempenha a função de rendeira, tecelã, artesã, agricultora, mãe, líder de seu povo. Mulher indígena também profissionais de ensino, e saúde como: médicas, enfermeiras, psicólogas, pedagogas, preparadoras físicas e tantas outras.
Desejamos somar com vocês para defender nosso direito de sermos livres para escolher o que queremos fazer com nossas vidas e conhecimentos. Nossa origem e perpetuação do bem viver e do cuidado com a vida recebemos de vocês!
O nome da mulher indígena, guerreira, que inspirou a efeméride, é o da Indígena Aimará Bartolina Sisa, que, juntamente com seu marido, Túpac Katari, da mesma etnia, comandou uma rebelião contra os conquistadores e dominadores espanhóis, no Alto Peru, região atual da Bolívia, em 1781.
O Dia Internacional da Mulher Indígena, todavia, é uma data para nos lembrar que o racismo tem impedido o movimento de mulheres de apreender e de compreender o legado ancestral de sabedoria dos povos e das mulheres indígenas, assim como dos povos e mulheres negras.
A multiplicidade dos povos e das mulheres deve ser fator de multiplicação e união, não de divisão e subtração.
Devemos a povos indígenas contemporâneos, no Equador, a introdução do conceito de “bem viver” como uma categoria política de abrangência global, universal.
Para nós, brasileiras, o “bem viver” poderia ser lido como uma espécie de antítese das formas de violência que a Lei Maria da Penha nos ensinou a enxergar. “Bem viver”, numa tradução pela mulher brasileira, seria viver sem violência física, sem violência sexual, sem violência psicológica, sem violência moral, sem violência patrimonial.
O desejo da Procuradoria da Mulher do Senado é que nossas lutas se fecundem mutuamente, na construção de um movimento de mulheres cada vez mais plural e melhor.
A violência doméstica também está presente no cotidiano das indígenas. Porém, por não terem participado do processo de elaboração da Lei Maria da Penha, a legislação não contempla as especificidades indígenas, como alerta em entrevista Léia Bezerra, historiadora e indígena do Povo Wapichana.
Neste dia nós da Ong feminista, GAMP - Grupo Autônomo de Mulheres de Pelotas, queremos render homenagens às mulheres indígenas. Mulheres guerreiras de povos diversos e de contextos plurais. Mulher que desempenha a função de rendeira, tecelã, artesã, agricultora, mãe, líder de seu povo. Mulher indígena também profissionais de ensino, e saúde como: médicas, enfermeiras, psicólogas, pedagogas, preparadoras físicas e tantas outras.
Desejamos somar com vocês para defender nosso direito de sermos livres para escolher o que queremos fazer com nossas vidas e conhecimentos. Nossa origem e perpetuação do bem viver e do cuidado com a vida recebemos de vocês!
Um recente estudo das Nações Unidas ressalta que a violência contra meninas e mulheres indígenas é pouco discutida e velada na maioria dos países. Em todo mundo, povos indígenas sofrem com a exclusão social, a pobreza e a migração, além da discriminação e da invisibilidade social. O estudo mostra que a violência contra as indígenas é intensificada pelo histórico de dominação colonial, exclusão política e econômica e a falta de serviços básicos. Enfrentam ainda negligência, exploração, tráfico humano, trabalho forçado e escravo.
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